pagu e a esfinge de tebas




[Cenas dos próximos capítulos]


decifra-me ou te devoro


fragmentos: escritos de patrícia galvão


“esses que possuiam pregos para fincar na minha cabeça, e na ponta de cada prego a palavra SIM. Ao que eu respondia NÃO.”

“Por que o poeta não morre?
Por que o coração engorda?
Por que as crianças crescem?
Por que este mar idiota não cobre o telhado das casas?
Por que existem telhados e avenidas?
Por que se escrevem cartas e existe o jornal?
Que monótono o mar!

Estou espichada na tela como um monte de frutas apodrecendo.
Si eu ainda tivesse unhas
Enterraria os meus dedos nesse espaço branco
Vertem os meus olhos uma fumaça salgada
Este mar, este mar não escorre por minhas faces.
Estou com tanto frio, e não tenho ninguém ...
Nem a presença dos corvos.”